sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O tiozinho que vou ser no futuro

Faz tanto tempo que estou afastado desse blog que havia m esquecido o login e a senha. Tenho uma quantidade limitada de combinação entre logins e senhas que me permite acessar qualquer site que já tenha feito um cadastro, mas isso me força a fazer algumas tentativas. Por sorte, desta vez foram apenas três.

Gostaria de poder dizer que estou voltando com as postagens por aqui, mas isso seria uma grande mentira, ou uma promessa furada. O caso é que ao longo desses mais de três anos que escrevo no "diogoninguem" deve corresponder apenas a alguns meses de postagens constantes. É preciso muita força de vontade e devoção para se manter uma página online. Coisa que, vocês meus leitores (se ainda existirem) já devem ter percebido que não tenho nenhuma.

Mas vou insistir mais uma vez. As alterações no blogger facilitaram muito a vida do administrado, então minha preguiça pode ser menor daqui em diante.


Agora ao o que interessa. Uma coisa me chamou a atenção nesta tarde.
Por razões que não vem ao caso serem escritas nesse momento, passei a tarde na praça de alimentação do Shopping Atlântico, em Balneário Camboriú. Sozinho, lendo um livro no meu eReader. Vestia o habitual, meus tênis, uma calça jeans, não fosse pela berrante camisa verde claro que ganhei de presente uns anos atrás, estaria vestido como todos os outros dias. (Falando nisso, preciso me livrar dessa camisa, ela tem uns tribais na frente que não condizem com minha personalidade. Vou fazer isso em breve.)

Continuando, estava lendo o livro. (Apocalipse Z, para quem tenha curiosidade, mas isso não afeta o andar da carruagem. Ou da história) Tinha uma garrafa de água em minha frente com um pouco servido em um copo plástico e meu celular ao lado. A mochila jazia ao meu lado no banco almofadado. Olhei para cima, no momento em que pegava fôlego entre um capítulo e outro quando uma imagem me chamou a atenção.

Um tiozinho. Um senhor de idade, com óculos muito semelhantes aos meus (havia tirado as lentes durante a semana para descansar os olhos um pouco), meio calvo, com os poucos fios longos e branco que lhe sobravam puxados para trás. Usava uma camiseta espalhafatosa, listras brancas e azuis com gola polo (muito semelhante a outra camiseta que tenho e ganhei de presente). Acho que perdemos a noção do que é bonito quando ficamos velhos, ou simplesmente continuamos usando aquilo que estava na moda quando éramos jovens. O caso é que dificilmente um homem de idade avançada sabe o que vestir.
O que mais chamava atenção era a garrafa de água e o copo plastico que ele usava para tomá-la, o celular ao lado, e os constantes movimentos que fazia em uma tela, que depois percebi ser um IPad, muito semelhante ao meu eReader.

Então, um pensamento me passou.
"Esse tiozinho sou eu em 40 anos."

A surpresa foi grande quando ficha me caiu. Depois me permiti viajar em meus pensamentos como geralmente faço. Com possíveis histórias de o Diogo do Futuro ter voltado no tempo para me prevenir sobre o apocalipse zumbi, e outras coisas do gênero.

Fico pensando agora em como eu me abordaria se voltasse no tempo para falar comigo mesmo. Não  consigo montar uma imagem muito nítida, mas acho que não me apresentaria, escolheria um nome aleatório e tentaria puxar conversa. Mas não iria funcionar, o Diogo do Passado (ou seja, eu hoje) não é muito aberto a bate papos com estranhos. Então talvez não fizesse nada em um primeiro momento. O que aumenta as possibilidades de o que aconteceu hoje ter sido mesmo real. Nááá, que acredita nisso? Isso implicaria que o apocalipse zumbi também fosse acontecer, e se fosse o caso, eu estaria fodido.

E se você está se perguntando em como essa porra toda virou uma discussão sobre zumbis, Apocalipse Z (o livro que estou lendo) é sobre Zumbis. Chamam eles de "undeads" ou "não mortos", mas todo mundo sabe que são zumbis.

Por hoje chega. Escrevo de novo em breve. Ou não.

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