uma cidade pequena
duas pessoas,
duas festas.
-mas ainda estava lá.
-Eu queria ir contigo -respondeu a loira de olhos azuis e verdes- mas meu amigo está de aniversário e ele vai na outra.
-Hum...
o tipo de murmúrio que alguém faz quando não acredita naquilo que ouve
mas não dando muita importância
-ou dizendo isso para si mesmo-
ele aceitou.
Uma casa de festa no lado norte da cidade.
Uma casa de campo com salão de festas no lado sul.
Ele tinha os amigos gregos de um lado,
e Helena com os troianos do outro.
Os exércitos avançavam de ambos os lados,
e de olhos fechados,
ele aguardava o estrondo.
ao menos não com palavras.
-Você também.
foi na casa do Judas.
O argumento de que beber não é necessário para se divertir pode até ser válido,
mas com uma certa ingestão de álcool,
tudo fica com um certo brilho,
uma música ruim lhe parece boa,
uma pessoa chata torna-se suportável,
uma garota feia fica parecida com a Natalie Portman,
uma piada sem graça faz multidões rir...
Álcool é o melhor pior amigo
das melhores horas.
ou...
Ele deixou sua garota ir para outra festa,
e ele sentia,
sentiu a noite toda,
que não devia tê-lo feito.
O celular toca.
ELA.
Barulho.
Muito barulho.
Uma fala...
O mesmo barulho,
gritaria,
Apenas o barulho respondeu.
o celular tocou novamente.
Ele desligou e voltou para festa.
O celular tocaria ainda três vezes,
então a preocupação o faria agir.
Duas garotas.
Qual homem recusaria um favor?
uma já teria sido o suficiente.
Entraram em quatro no carro.
O fotógrafo e a morena na frente.
Ele e a loira baixinha de peito inflado no banco de trás.
-aí o fraco dele por esse tipo de garotas, carma-
Ele não tocou na loira,
deixou os três assim que chegaram na casa de campo do lado sul,
o que os três fizeram após isso?
não sabia,
não importava,
não era por isso que fora até ali,
fora até ali porque algo estava errado,
sentia isso.
nada.
saiu pela porta dos fundos,
seguiu a estrada de tijolinhos amarelos até o açude na parte inferior do lugar
Ela vinha em sua direção.
o amigo aniversariante no dia da independência,
e a garota de nome peculiar
que ainda ganharia muito espaço nessas histórias.
ela subia.
as pernas trançavam uma contra a outra.
bebera,
e não bebera pouco.
Não foi a primeira vez que viu aquele sorriso em seu rosto.
Não foi a primeira vez que queria beijá-la,
e ela tomava outro rumo.
Ele virou-se,
a segurou pela mão.
Ela puxou o braço.
Nem mesmo para ela,
quando esta dissera que não se lembrava.
o peito cheio
mais de raiva do que mágoas,
ele foi sutil e sereno.
não precisava ter beijado outro.
Bastava,
simplesmente,
ter me falado.
Como a noite terminou para ela
nunca soube.
Mas foi às duas da tarde do dia seguinte que recebeu a mensagem em seu celular,
Como se nada tivesse acontecido na noite anterior,
ou ao menos,
como ela alegou depois,
não se lembrava.
Um Grande Abraço
Diogo S.Campos
Não creio! hahaha
ResponderExcluirQue raiva ia me dar se isso tivesse acontecido comigo!
Boa história.. essa superou as outras com um excelente final, parabéns!
bjos
Mas que loirinha "queridinha" hehehehe
ResponderExcluirbjs
Haha... e continua na próxima história :D
ResponderExcluirAbraços, Keli