Eu, como antigamente.
O lembrar-te,
Não me incomoda mais.
Tudo o que vivemos,
procuro manter o máximo possível distante de meus pensamentos corriqueiros,
nem sempre consigo, mas mesmo quando penso em ti,
já não me sinto mal.
O falar de ti,
Não me incomoda,
minha boca profere teu nome como pássaros cantam,
cachorros latem e portas rangem,
sem sentido algum,
ou sem se importarem por isso.
O me perguntarem sobre ti,
fecho-me em um mundo de brinquedo onde posso tirar da história quem eu bem entendo,
tiro do cenário aquele que perguntou,
e o mundo segue de onde parou.
O sentir teu perfume,
me cega.
me treme, me fere,
e arranca no fundo de minha alma
a coragem para olhar e constatar que não é tu,
que é apenas artifício,
e mando o cheiro se esconder onde os raios do sol não alcançam.
O ver-te.
Aaaaah, o ver-te.
Isto me consome.
É um embate que ainda não estou pronto.
Encaro-te e saio vivo,
mas da maneira em que me encontro após,
é apenas uma sobre vida, estilhaços,
um guerreiro caído sobre a própria espada.
Talvez porque o ver-te
te aproxima de mim, então sinto teu cheiro,
então me recordo,
e não consigo falar-te, não com veemência,
e ao me perguntarem de ti,
encasulo-me novamente.
E depois,
em cinco segundos,
Sou eu novamente,
EU, verdadeiramente.
Um eu sem você.
Um Grande Abraço
Diogo S.Campos
"Humanos demasiadamente humanos", mortos pelos nossos próprios sentimentos.
ResponderExcluir:D Keli