sábado, 27 de março de 2010

Clear, Um sinal de Vida

Raros os momentos de silêncio.

O amanhecer arranca-me dos domínios de Hypnos com tal feracidade que fere minha própria alma.
O sol vermelho troca de linha no horizonte, vindo das profundezas e ordena a movimentação na terra.
Não mais o descanso.
Seis são as repetições,
exaustivas e monótonas,
ausência de novidades,
Vida vazia a que sigo,
mergulhado em um oceano escuro por vezes impedido de subir para respirar.
Os ponteiros do relógio e os números o calendário já não têm significado.
São noções que me escapam, perdem a importância diante da indiferença do meu ser.
Todos iguais.
Tudo tão igual.

...

Mas há uma janela.
Um breve momento que enche meus pulmões de ar.
O dia onde o sol não me incomoda.
A chuva cai e não é indesejada.
As preocupações seguem sem mim.
Por um instante,
me permito,
extrapolo,
grito,
sorrio,
corro,
sou livre.
Até que as estrelas brilhem e findem o dia que vale a pena viver.



2 comentários:

  1. "exaustivas e monótonas,
    ausência de novidades,
    Vida vazia a que sigo"

    isso resume o meu agora!


    bjos

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  2. Ahh que ia falar a mesma coisa que a Thaza e você, já falaram ! hehehehe
    Minha vida no momento está desse jeito, sem novidades nenhuma, parou !

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